Melhoria na modelagem e dimensionamento de núcleos rígidos levando em consideração a flexo-torção.
Em edifícios de concreto armado de múltiplos pavimentos, é muito comum a presença de núcleos estruturais verticais formados por uma associação de paredes delgadas interligadas entre si, constituindo seções transversais de perfil aberto. Exemplos disso são os pilares-parede que ficam em torno de caixas de elevadores e escadas. Tratam-se de elementos que contribuem significativamente na estabilidade global do edifício e que se diferenciam dos demais pilares devido à sua rigidez ao empenamento. Até a versão 14 dos sistemas CAD/TQS®, essa rigidez ao empenamento em núcleos rígidos era totalmente desprezada, assim como não estava previsto o dimensionamento destes elementos à flexão composta oblíqua combinada com torção (flexo-torção). Os esforços no pórtico espacial eram redistribuídos exclusivamente na forma de esforços normais e de flexão para todas as barras de pilares. Este modelo funciona bem na grande maioria dos edifícios, mas pode-se mostrar conservador em edificações compostas por pilares-parede formados por perfis abertos de parede fina, principalmente quando a distribuição em planta da rigidez da estrutura é muito assimétrica. Nestes casos, o edifício pode torcer mais do que o esperado, exigindo por parte do Engenheiro a intervenção manual no modelo. Para refinar o modelo de cálculo nestes casos, como também atender o item 17.5.2 da NBR 6118:2003 que trata da torção em perfis abertos de paredes finas, a partir da versão 15, o sistema CAD/TQS® permite considerar, de maneira automática e aproximada, a rigidez à flexo-torção nos núcleos rígidos. Definição de Núcleo Rígido no Modelador EstruturalPara definir o tratamento de um pilar-parede como um núcleo rígido, inicialmente, é necessário ativar o item "Cálculo aproximado de inércia à torção laminar" dentro dos dados do pilar no Modelador Estrutural, conforme mostra a figura a seguir. O cálculo da inércia à torção equivalente é realizado por meio de um modelo espacial, formado por uma malha de barras representando a seção discretizada do pilar. Esta discretização pode ser observada ligando-se o parâmetro de visualização indicado na figura a seguir. A seção discretizada dos pilares será mostrada com elementos coloridos: Modelo de CálculoBaseado na discretização apresentada anteriormente no Modelador Estrutural, é gerado um modelo espacial temporário para cada um dos lances dos pilares-parede, conforme mostrado na figura a seguir. Este modelo é utilizado para calcular o valor de inércia à torção equivalente a ser adotada na barra que representa o pilar no pórtico espacial do edifício, com o objetivo de simular a flexo-torção efetiva deste elemento. Trata-se de um processo aproximado. Dimensionamento do Núcleo RígidoNa medida em que as barras que simulam o núcleo rígido no pórtico espacial estejam dotadas de rigidez à torção conferida pela inércia equivalente, surgem momentos torsores nas mesmas resultantes do processamento do modelo global. Veja, a seguir, um exemplo. Durante o dimensionamento automático dos núcleos rígidos efetuado pelo CAD/Pilar, estes esforços (momentos torsores) são convertidos em esforços normais adicionais (força normal e momentos fletores) nas faixas, de acordo com o modelo local utilizado para calcular a inércia à torção equivalente. No editor de geometria, esforços e armaduras do CAD/Pilar, os esforços adicionais em cada faixa podem ser visualizados. |